Candidata à presidência da República, a senadora Simone Tebet (MDB) fez uma rápida passagem por Santa Maria durante a tarde desta segunda-feira (26). Com agenda apertada, ela chegou por volta das 16h e o primeiro compromisso foi uma reunião na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), em que conversou sobre educação com o reitor Luciano Schuch. Logo após, seguiu rapidamente em comitiva até a Praça Saldanha Marinho, no Centro, local em que conversou e fez fotos com apoiadores, além de discursar ao lado do deputado estadual Gabriel Souza (MDB), candidato a vice-governador na chapa de Eduardo Leite (PSDB). Também acompanharam o roteiro o deputado estadual e candidato à reeleição Beto Fantinel (MDB) e o vereador Admar Pozzobom (PSDB), que é candidato à Assembleia Legislativa.
Tebet chegou na praça por volta das 17h30min. Ao Diário, falou sobre as propostas para a educação, como zerar filas de creches, garantir a reforma do Ensino Médio e proibir cortes de verbas para o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.
– O jovem vai para o Ensino Médio com internet, escolhe as disciplinas que quer e sai preparado para o mercado de trabalho, ou ele vai para a universidade ou para um curso profissionalizante. É preciso não faltar dinheiro para as universidades. Por fim, vamos proibir qualquer tipo de corte para o Ministério da Ciência, Tecnologia e Informação. São R$ 10 bilhões todo o ano, mas chega no final do ano e só são executados cerca de R$ 2 bi. A conta não fecha. Não vai faltar dinheiro para ciência. Não estamos fazendo nenhuma promessa mirabolante, estamos dizendo que educação, na sua amplitude, vai ser prioridade nacional pela primeira vez na história – afirmou ela, que é uma das quatro mulheres na corrida ao Planalto.
A presidenciável também defendeu a reforma tributária como forma de aumentar o salário mínimo acima da inflação e a geração de empregos com carteira assinada. Já sobre a saúde, propôs a criação de um crédito extraordinário a ser repassado para os estados e municípios, possibilitando o pagamento e a execução de exames e procedimentos represados pela pandemia.
– O segundo ponto é o financiamento. Hoje, a União passa para o Sus 42% de tudo que se gasta com o Sus, tem que ser 50%. Se aumentar em 8% é muito dinheiro que vai chegar nos hospitais públicos e filantrópicos para poder fazer especialmente a média e alta complexidade. Por fim e mais importante, a tabela Sus não é atualizada a mais ou menos 20 anos. O que nós vamos fazer é atualizar a tabela Sus em 25% ao ano, para chegar em quatro anos com 100% da tabela atualizada. Se nós conseguirmos fazer isso, nós garantimos que nenhum pobre que seja acometido por um câncer morra por falta de prevenção.
Quando questionada sobre a reta final do primeiro turno e sobre a mobilização pelo “voto útil”, a senadora, que concorre pela primeira vez ao Executivo, criticou a ausência do candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) – que lidera as pesquisas – no debate entre os presidenciáveis realizado no sábado (24).
– Como você prega voto útil e não vai para o debate dizer que Brasil ele (Lula) quer para os brasileiros. A gente não conhece esse candidato que foi presidente e está se apresentando para o Brasil, porque ele não fala das propostas, só fala de um passado saudosista que não fez um dever de casa também. Voto útil é o voto consciente do eleitor, de votar naquele ou naquela que ele acha que é melhor para o Brasil. Estou muito otimista que nós possamos, nessa reta final, virar o jogo, ir para o segundo turno e ganhar as eleições.
Antes de deixar a Saldanha Marinho, onde permaneceu por cerca de 30 minutos, Tebet foi cercada por eleitoras mulheres, recebeu flores e, de cima de um canteiro, agradeceu a confiança e o apoio dos presentes. Pouco tempo depois partiu para São Paulo, onde cumpre agenda noturna. Foram cerca de duas horas na cidade.
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Simone Tebet
Simone Tebet, candidata do MDB, discursa ao lado do deputado estadual Gabriel Souza, na Praça Saldanha Marinho, Centro de Santa Maria. Foto: Nathália Schneider (Diário)
Filiada ao Movimento Democrático Brasileiro (MDB)52 anosÉ formada em Direito; senadora, já foi vice-governadora e secretária estadual em Mato Grosso do Sul, além de deputada estadual e prefeita de Três Lagoa (MS)Faz parte da Coligação Brasil para Todos (MDB/Federação PSDB Cidadania/Podemos)Declarou patrimônio de R$ 2,3 milhões
Principais propostas
Implantar programa permanente de transferência de renda, com foco e apoio maior às famílias mais vulneráveisInstituir benefício de renda mínima para eliminar a pobreza extremaRecuperar a liderança e o protagonismo do MEC na coordenação das políticas de educação, conduzindo o novo Plano Nacional de Educação, a ser renovado em 2024Erradicar o analfabetismoCriar a “Poupança Mais Educação”, para incentivar os jovens de baixa renda a concluir o Ensino MédioElevar gradualmente a participação da União no financiamento do Sus, com maior integração entre governo federal, Estados e municípios.Regionalizar os serviços do Sus de forma que eles sejam prestados por todo território nacional
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